quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Compras (+- sustentáveis) da semana #1


Viva!

Apesar de nunca ter sido um dos focos no blogue, aqui deixo as minhas comprinhas de ontem e hoje que poderão interessar a alguém.

1. ALDI

Nas "novidades" disponíveis a partir de 20/09/2017 (muitos produtos biológicos), optei por:

- 1 embalagem de Curcuma e 1 de Maca peruana biológicos (200 g, 3.99 EUR cada);

- Moinhos de especiarias biológicos (40-75g, 1,49 EUR cada) – optei pela mistura de pimentas, mas há diversas opções (para carnes grelhadas, peixes e mariscos, etc.);

- Carne de novilho dos Açores (360 g – dois bifes, 3,49 EUR) – no site do ALDI, na secção dos frescos de qualidade, há sempre carne de novilho dos Açores, as peças é que vão variando todas as semanas, às 4.ªs e 6.ªs);

- Tentáculos de pota congelados (embalagem de 800 g, 2,99 EUR) – normalmente cozo na panela de pressão e depois levo ao forno de várias formas. A mim rende-me duas doses.

A título de exemplo da minha alimentação Paleo que fiz com estas compras:

a) Tentáculos de pota no forno (2 doses)

 800 g tentáculos de pota (previamente cozidos)
4  colheres de sopa óleo de coco
1 cebola grande
25 g de bacon aos cubos
sal marinho, curcuma, manjericão

Levei ao forno cerca de 15 min. Virei e coloquei o bacon e forno mais 10 min. É "daqui". Acompanhei com couve flor e cenoura cozidos; Como fruta comi pera cozida com canela e chia, e polvilhei com maca peruana.

b) Bife de novilho dos Açores

Mais simples impossível. Temperei com sal marinho e pimenta, e cozinhei na frigideira com um pouco de óleo de coco. Acompanhei com salada de alface, rúcula e tomate. Temperei com azeite, vinagre balsâmico e cerca de 20 g de avelãs. Como comi ao jantar, já não comi fruta.


2. THE BODY SHOP

Apesar desta loja ficar fora de mão, sempre que preciso (ou não, pois...mas aproveito as campanhas, saldos, black friday e afins - não sei se sabem, mas podem subscrever essas informações, que recebemos no email), tento lá ir, não só pelos produtos em si, mas pela filosofia subjacente à marca. 

Lembro-me de ser miúda, e ir a uma das TBS de Lisboa na altura do natal e comprar umas bolinhas com óleo para dissolver no banho (nunca mais vi), e fazer umas ofertas giras para a família. Isto há cerca de 30 anos, creio. Cá no Algarve que eu saiba há a loja no Algarve Shopping, e em Faro (não sei se ainda está no Forum, ou se vai passar para o espaço / outlet do IKEA). 

Aproveitei a campanha de reciclagem que está a decorrer até dia 25 de setembro, e levei uma embalagem vazia de óleo desmaquilhante de camomila (que adoro, nunca mais utilizei discos de algodão para me desmaquilhar. Uso apenas o óleo, que consegue dissolver a maquilhagem, mesmo alguma à prova de água, e em seguida lavo normalmente o rosto, tónico, etc.), e ofereceram uma bisnaga de creme para as mãos da gama Fuji Green tea (30 mL).


Comprei dois batons (perdição, perdição), um liquido mate (cor Nairobi Camelia 9 EUR) e um cremoso (Beije cherie - sem certezas deste nome, porque sou pitosga e as letras são demasiadamente micro para mim, 12 EUR), aproveitando também os 40% de desconto no segundo produto de maquilhagem ou corpo que está a decorrer (exceto linha SPA of the world, produtos donativo e presentes). Ainda não experimentei nenhum dos produtos, mas as cores dos batons são lindas e o creme para as mãos tem um cheirinho suave.

Também respondi a um questionário e nesse resultado ganhei um cupão para ganhar uma amostra da máscara CHÁ MATCHA JAPONÊS (que é suposto ser anti efeitos da poluição e tem partículas esfoliantes).


Aqui estão eles:

And Last but not least, está a decorrer a petição “Comprometidos com os animais!”. 


A quem possa estar interessado, a petição pode ser assinada AQUI.


E é isto, por hoje :-)

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Olaré, estou viva!


E após uma ausência demasiadamente prolongada, cá volto para dar notícias às minhas seguidoras que ainda não desistiram deste cantinho e a quem peço imensas desculpas por este interregno. Efetuo esta atualização para eventual ajuda a quem necessite, pois eu também me inspiro em exemplos de determinação que encontro na blogosfera e youtube. Caso alguém pretenda que vá continuando a dar feed-back, diga, sff. Ok?

Para quem me acompanha, sabe que desde sempre que lido com o excesso de peso, e já tentei inúmeras dietas e estilos de vida, na esperança de encontrar a minha onda. Algures em 2015 pensava eu que a tinha encontrado, mas o meu grande problema é a cabeça e a facilidade de me desfocar do essencial e lidar com as emoções com a ingestão (muitas vezes irrefletida) de comida. Ora isto aliado à falta de atividade física, que tem sido maior desde final de 2015 em virtude de ter piorado da lombar, levou a que, mais uma vez, tenha descambado, e voltado aos cerca de 85 kg (algures em out de 2016). 

Em setembro 2016 uns amigos falaram-me da “Dieta do Paleolítico”, e que ele tinha já perdido alguns kg e bastante volume (principalmente no abdómen) e ela, embora seja magra, também referiu sentir-se melhor. Ora, como apesar destas minhas fraquezas, me considero uma persistente, comecei a investigar sobre o assunto (que pelos vistos já é muito conhecido, mas eu andava a leste do paraíso). Como há muita informação na internet, não vou aqui entrar em grandes pormenores, mas se alguém quiser mais informação, estou à disposição.

Mas como acredito que as coisas aparecem na nossa vida quando tem de ser (como me aconteceu com o yoga), desde essa altura que comecei, aos poucos a fazer algumas alterações na minha alimentação (sempre condicionada na atividade física, que só recentemente tenho retomado, devagarinho).

Inicialmente alterei os meus pequenos-almoços, que passaram a assentar fundamentalmente em ovos de várias formas, confecionando com óleo de coco, e por vezes colocava queijo feta, outras cogumelos, folhas verdes (espinafres, manjericão, etc.), tomate, por vezes polvilhava com um pouco de sementes, etc. Andei assim até final do ano (no Natal acabei por comer grão, pão e alguns, poucos doces de natal, pois também fiquei com gripe e não tinha grande apetite). A grande diferença que notei foi a não necessidade de comer a meio da manhã (sem fome, mesmo). Nesse período perdi algum volume e uns 2 a 3 kg.

Em relação aos alimentos “permitidos e proibidos”, embora tenha sempre dito que não vou entrar em fundamentalismos, efetivamente segui orientações de quem já anda nisto há tempo e percebe mais do assunto, nomeadamente no blog Paleo XXI, no grupo do FB Paleo Descomplicado, no Blog Sem Aditivos, entre outros, mas não abandonei os laticínios, nomeadamente alguns queijos, manteiga, iogurte grego e natas de x em quando. Ultimamente introduzi o kefir. Confesso que no início mesmo andei toda contente a explorar aqueles alimentos que são “permitidos” como o bacon, natas, o pão low carb feito com outras farinhas, como de frutos secos, coco, etc, mas foi o entusiasmo inicial, porque depois passou, e agora pontualmente utilizo. O que vejo noutras pessoas que tentam enveredar pelo Paleo, é o exagero. Lá porque é “permitido” comer certos alimentos “à vontade”, há que ter bom senso, no que se come, e nas quantidades, apesar de muitos advogarem não terem de controlar quantidades, para quem pretenda perder peso há que ter algum cuidado. Por exemplo o café turbinado nunca me atraiu, mas há que o faça, que goste e tenha bons resultados, pois pelo que dizem, ficam sem fome e com energia.

Em finais de janeiro 2017, como ia ter umas semanas de trabalho mais exigente, e com menos tempo, comecei a praticar jejum intermitente, no protocolo de 16/8h (basicamente janto, durmo, acordo e salto o pequeno almoço, volto a comer ao almoço, pelas 13h00), e poderia comer na janela de 8h entre o almoço e o jantar, mas no meu caso como não sinto fome, não lancho e apenas volto a comer ao jantar. Bebo água, café e chá, se me apetecer. Fome? Um pouco, mais perto das 11h00/12h00. Nada que com um chá ou um copo de água não ajude a passar. Mas depois, como em tudo na vida, o hábito instala-se e desde então que o pratico e não me custa nada. Inicialmente e durante alguns dias passei pela “gripe” dos baixos hidratos de carbono (desintoxicação, vá), e tive algumas dores de cabeça e tonturas fundamentalmente. Aspetos positivos: grande capacidade de concentração e, sensação de liberdade! Ao nível de análises está tudo ótimo (tenho vindo a fazer ao longo destes 8 meses). 

E desde aí em diante, foquei-me mais no Paleo, fiz alguns jejuns intermitentes (JI) de 24h (se tiverem curiosidade, o Prémio Nobel da medicina 2016 esteve relacionado com a Autofagia, que entre outras é promovida pelo JI). Sobre estes assuntos, assisto os blog/canais youtube do Dr. José Carlos Souto, Dr. Jason Fung, Dr. Juliano Pimentel, Dr. Lair Ribeiro, Rodrigo Polesso, e li o livro “Chegar novo a velho” do Dr. Manuel Pinto Coelho, que também incorpora algumas das práticas que agora tenho.

Em suma, continuo a praticar o JI de 16h (às vezes vou até um pouco mais, se estiver entretida no trabalho), continuo a não comer cereais e derivados, nem leguminosas (aspeto muito positivo: sem dores de cabeça, que me assolava quase diariamente). 
Pontualmente já comi alguns dos alimentos “não permitidos”, como arroz e feijão, em refeições com a família, porque não quero deixar de socializar e de vez em quando não me parece fazer mal nenhum.

Bom, muito poderia aqui escrever desta minha experiência, porque efetivamente houve uma mudança de paradigma na minha vida. Não passo a vida a comer (as hormonas é que mandam nisto tudo, nomeadamente a insulina, cujos picos reduzo ao comer menos HC, menos frequentemente e ao praticar o JI), como menos hidratos de carbono, mais gorduras boas e proteínas mais ou menos o mesmo que comia (mas menos iogurtes). Passei a comer mais carne de vaca (apesar de não gostar particularmente, mas sei que me faz falta, pelo menos semanalmente, mas não diariamente). Não como nada light ou diet, minimizo os processados, tento, sempre que possível, comer produtos biológicos. Bebo muita água. Só me falta mesmo a atividade física, mas o yoga vai-me ajudar com certeza a reencontrar o caminho.

E nisto tudo, hoje peso cerca de 64 kg e perdi imenso volume corporal. Infelizmente e não vou negar, a pele já não é o que era, e tenho bastante flacidez (especialmente nos braços, papada e abdómen), que, espero conseguir melhorar com o retomar da atividade física, na medida em que a minha lombar mo permita. Se estou satisfeita? Muito. Se já prevariquei? Sim. Já comi gelado, bolo de aniversário, pão, vinho. Mas pouca quantidade. E bom, aniversários e férias são a exceção e não a regra. A vida não deve ser pautada por extremismos. Há quem faça dias de “lixo” nas suas dietas. Eu não vou nisso, mas nas ocasiões sociais permito-me alguns excessos. Mas logo volto à rotina e está tudo bem.

Não me vou enganar, sei que isto é um processo longo, o organismo tem de se adaptar a estas mudanças. Sei que poderei voltar a engordar se não me focar no que me faz bem. Revezes na vida todos temos, e terei de saber lidar com isso sem me refugiar no que me faz mal. A todos os níveis.

Não queria deixar de dizer que estou aqui apenas a contar a minha experiência, pois não sou especialista na área, nem pouco mais ou menos, mas é o que está a resultar comigo e que faz sentido na minha vida. O que cada um faz com a informação que poderá obter aqui e noutros locais já é consigo. Mas acho que devemos ser pessoas informadas e procurar tirar as nossas dúvidas. pela nossa saúde! Nem todas as pessoas têm condições de saúde que lhe permita algumas das alterações que fiz. Embora me pareça que a nossa comunidade médica não esteja ainda muito voltada para este estilo de vida, há já alguns que sim. Procurem a ajuda que vos seja possível e espero que tudo vos corra pelo melhor!
E pronto, por hoje fico aqui, voltarei se cá me quiserem. Se não, também não tem problema. Eventualmente virei cá de vez em quando, fazendo balanços desta componente da minha vida.

A todas as que por aqui passarem, um abraço e tudo a correr bem convosco.

Querer é poder ;-)