E após uma ausência demasiadamente prolongada, cá volto para dar notícias às minhas seguidoras que ainda não desistiram deste cantinho e a quem peço imensas desculpas por este interregno. Efetuo esta atualização para eventual ajuda a quem necessite, pois eu também me inspiro em exemplos de determinação que encontro na blogosfera e youtube. Caso alguém pretenda que vá continuando a dar feed-back, diga, sff. Ok?
Para quem me acompanha, sabe que desde sempre que lido com o
excesso de peso, e já tentei inúmeras dietas e estilos de vida, na esperança de
encontrar a minha onda. Algures em 2015 pensava eu que a tinha encontrado, mas
o meu grande problema é a cabeça e a facilidade de me desfocar do essencial e
lidar com as emoções com a ingestão (muitas vezes irrefletida) de comida. Ora
isto aliado à falta de atividade física, que tem sido maior desde final de 2015
em virtude de ter piorado da lombar, levou a que, mais uma vez, tenha
descambado, e voltado aos cerca de 85 kg (algures em out de 2016).
Em setembro
2016 uns amigos falaram-me da “Dieta do Paleolítico”, e que ele tinha já
perdido alguns kg e bastante volume (principalmente no abdómen) e ela, embora
seja magra, também referiu sentir-se melhor. Ora, como apesar destas minhas
fraquezas, me considero uma persistente, comecei a investigar sobre o assunto (que
pelos vistos já é muito conhecido, mas eu andava a leste do paraíso). Como há
muita informação na internet, não vou aqui entrar em grandes pormenores, mas se
alguém quiser mais informação, estou à disposição.
Mas como acredito que as coisas aparecem na nossa vida
quando tem de ser (como me aconteceu com o yoga), desde essa altura que
comecei, aos poucos a fazer algumas alterações na minha alimentação (sempre
condicionada na atividade física, que só recentemente tenho retomado,
devagarinho).
Inicialmente alterei os meus pequenos-almoços, que passaram
a assentar fundamentalmente em ovos de várias formas, confecionando com óleo de
coco, e por vezes colocava queijo feta, outras cogumelos, folhas verdes (espinafres,
manjericão, etc.), tomate, por vezes polvilhava com um pouco de sementes, etc.
Andei assim até final do ano (no Natal acabei por comer grão, pão e alguns,
poucos doces de natal, pois também fiquei com gripe e não tinha grande apetite).
A grande diferença que notei foi a não necessidade de comer a meio da manhã
(sem fome, mesmo). Nesse período perdi algum volume e uns 2 a 3 kg.
Em relação aos alimentos “permitidos e proibidos”, embora
tenha sempre dito que não vou entrar em fundamentalismos, efetivamente segui orientações
de quem já anda nisto há tempo e percebe mais do assunto, nomeadamente no blog
Paleo XXI, no grupo do FB Paleo Descomplicado, no Blog Sem Aditivos, entre
outros, mas não abandonei os laticínios, nomeadamente alguns queijos, manteiga,
iogurte grego e natas de x em quando. Ultimamente introduzi o kefir. Confesso que no início mesmo andei toda
contente a explorar aqueles alimentos que são “permitidos” como o bacon, natas,
o pão low carb feito com outras farinhas, como de frutos secos, coco, etc, mas
foi o entusiasmo inicial, porque depois passou, e agora pontualmente utilizo. O
que vejo noutras pessoas que tentam enveredar pelo Paleo, é o exagero. Lá
porque é “permitido” comer certos alimentos “à vontade”, há que ter bom senso,
no que se come, e nas quantidades, apesar de muitos advogarem não terem de
controlar quantidades, para quem pretenda perder peso há que ter algum cuidado.
Por exemplo o café turbinado nunca me atraiu, mas há que o faça, que goste e
tenha bons resultados, pois pelo que dizem, ficam sem fome e com energia.
Em finais de janeiro 2017, como ia ter umas semanas de trabalho
mais exigente, e com menos tempo, comecei a praticar jejum intermitente, no
protocolo de 16/8h (basicamente janto, durmo, acordo e salto o pequeno almoço, volto a
comer ao almoço, pelas 13h00), e poderia comer na janela de 8h entre o almoço e
o jantar, mas no meu caso como não sinto fome, não lancho e apenas volto a
comer ao jantar. Bebo água, café e chá, se me apetecer. Fome? Um pouco, mais
perto das 11h00/12h00. Nada que com um chá ou um copo de água não ajude a
passar. Mas depois, como em tudo na vida, o hábito instala-se e desde então
que o pratico e não me custa nada. Inicialmente e durante alguns dias passei
pela “gripe” dos baixos hidratos de carbono (desintoxicação, vá), e tive algumas
dores de cabeça e tonturas fundamentalmente. Aspetos positivos: grande
capacidade de concentração e, sensação de liberdade! Ao nível de análises está tudo ótimo (tenho vindo a fazer ao
longo destes 8 meses).
E desde aí em diante, foquei-me mais no Paleo, fiz
alguns jejuns intermitentes (JI) de 24h (se tiverem curiosidade, o Prémio Nobel
da medicina 2016 esteve relacionado com a Autofagia, que entre outras é
promovida pelo JI). Sobre estes assuntos, assisto os blog/canais youtube do Dr.
José Carlos Souto, Dr. Jason Fung, Dr. Juliano Pimentel, Dr. Lair Ribeiro, Rodrigo
Polesso, e li o livro “Chegar novo a velho” do Dr. Manuel Pinto Coelho, que
também incorpora algumas das práticas que agora tenho.
Em suma, continuo a praticar o JI de 16h (às vezes vou até
um pouco mais, se estiver entretida no trabalho), continuo a não comer cereais
e derivados, nem leguminosas (aspeto muito positivo: sem dores de cabeça, que
me assolava quase diariamente).
Pontualmente já comi alguns dos alimentos “não
permitidos”, como arroz e feijão, em refeições com a família, porque não quero
deixar de socializar e de vez em quando não me parece fazer mal nenhum.
Bom, muito poderia aqui escrever desta minha experiência,
porque efetivamente houve uma mudança de paradigma na minha vida. Não passo a
vida a comer (as hormonas é que mandam nisto tudo, nomeadamente a insulina, cujos
picos reduzo ao comer menos HC, menos frequentemente e ao praticar o JI), como
menos hidratos de carbono, mais gorduras boas e proteínas mais ou menos o mesmo
que comia (mas menos iogurtes). Passei a comer mais carne de vaca (apesar de
não gostar particularmente, mas sei que me faz falta, pelo menos semanalmente,
mas não diariamente). Não como nada light ou diet, minimizo os processados,
tento, sempre que possível, comer produtos biológicos. Bebo muita água. Só me
falta mesmo a atividade física, mas o yoga vai-me ajudar com certeza a
reencontrar o caminho.
E nisto tudo, hoje peso cerca de 64 kg e perdi imenso volume
corporal. Infelizmente e não vou negar, a pele já não é o que era, e tenho
bastante flacidez (especialmente nos braços, papada e abdómen), que, espero conseguir
melhorar com o retomar da atividade física, na medida em que a minha lombar mo permita.
Se estou satisfeita? Muito. Se já prevariquei? Sim. Já comi gelado, bolo de
aniversário, pão, vinho. Mas pouca quantidade. E bom, aniversários e férias
são a exceção e não a regra. A vida não deve ser pautada por extremismos. Há
quem faça dias de “lixo” nas suas dietas. Eu não vou nisso, mas nas ocasiões
sociais permito-me alguns excessos. Mas logo volto à rotina e está tudo bem.
Não me vou enganar, sei que isto é um processo longo, o
organismo tem de se adaptar a estas mudanças. Sei que poderei voltar a engordar
se não me focar no que me faz bem. Revezes na vida todos temos, e terei de
saber lidar com isso sem me refugiar no que me faz mal. A todos os níveis.
Não queria deixar de dizer que estou aqui apenas a contar a
minha experiência, pois não sou especialista na área, nem pouco mais ou menos,
mas é o que está a resultar comigo e que faz sentido na minha vida. O que cada
um faz com a informação que poderá obter aqui e noutros locais já é consigo. Mas acho que devemos ser pessoas informadas e procurar tirar as nossas dúvidas. pela nossa saúde! Nem
todas as pessoas têm condições de saúde que lhe permita algumas das alterações
que fiz. Embora me pareça que a nossa comunidade médica não esteja ainda muito
voltada para este estilo de vida, há já alguns que sim. Procurem a ajuda que
vos seja possível e espero que tudo vos corra pelo melhor!
E pronto, por hoje fico aqui, voltarei se cá me quiserem. Se
não, também não tem problema. Eventualmente virei cá de vez em quando, fazendo
balanços desta componente da minha vida.
A todas as que por aqui passarem, um abraço e tudo a correr
bem convosco.
Querer é poder ;-)
O importante é estares de volta!
ResponderEliminarBjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram
Obrigada :-) Claro que sim, mas efetivamente não me considero blogger, e dada a minha falta de regularidade as minhas amigas seguidoras nem se devem já lembrar da minha existência, pelo que não sei até que ponto valerá a pena continuar a dar feed-back, se não houver que "me" leia e tenha interesse. Mas vou tentar. Beijinhos
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